Anime

Anime, animê (português brasileiro) ou animé (português europeu) (em japonês: アニメ), se refere à animação que é produzida por estúdios japoneses. A palavra é a pronúncia abreviada de "animação" em japonês, onde esse termo se refere a qualquer animação. Para os ocidentais, a palavra se refere às animações oriundas do Japão. A origem da palavra é controversa, podendo vir da palavra inglesa animation [animação] ou da palavra francesa animé [animado], versão defendida por pesquisadores como Frederik L Schodt e Alfons Moliné. Ao contrário do que muitos pensam, o animê não é um género, mas um meio, e no Japão produzem-se filmes animados com conteúdos variados, dentro de todos os géneros possíveis e imagináveis (comédia, terror, drama, ficção científica, etc.).

Com a ocupação americana no fim da segunda guerra mundial, muitos artistas japoneses tiveram contato com a cultura ocidental e influenciado pela cultura pop americana, desenhistas em início de carreira começaram a conhecer os quadrinhos e desenhos animados na sua forma moderna. Havia negociantes que contrabandeavam rolos de filmes americanos, desenhos da Disney e outros.
Entre os principais artistas que se envolveram com a arte americana, estavam Osamu Tezuka, Shotaro Ishinomori e Leiji Matsumoto. Estes três jovens, mais tarde, foram consagrados no mercado de mangá. Na década de 1950, influenciados pela mídia que vinha do ocidente, diversos artistas e estúdios começaram a desenvolver projetos de animação experimental.

Uma boa parte dos animes possui sua versão em mangá, os quadrinhos japoneses. Os animes e os mangás se destacam principalmente por seus olhos geralmente muito grandes, muito bem definidos, redondos ou rasgados, cheios de brilho e muitas vezes com cores chamativas, para que, desta forma, possam conferir mais emoção aos seus personagens. Animes podem ter o formato de séries para a televisão, filmes ou home video (OVAs e OADs) ou via internet (ONAs).

A indústria de anime consiste em mais de 430 estúdios de produção, incluindo grandes nomes como o Studio Ghibli, Gainax e Toei Animation. Os animes atingem a maioria das vendas de DVD e têm sido um sucesso internacional após a ascensão de dublagens em exibições televisionadas. Este aumento da popularidade internacional resultou em produções não-japonesas usando o estilo de arte do anime, mas essas obras têm sido definidas como Animação influenciada por animês, tanto por fãs quanto pela indústria.

A etimologia da palavra anime é contestada. O termo em inglês "animation" é escrito em katakana como em japonês: ア ニ メ ー シ ョ ン, (transl. animēshon, pronunciado [animeːɕoɴ]) e ア ニ メ (anime), sua forma abreviada. Algumas fontes afirmam que anime deriva do termo francês para animação, dessin animé, mas outros acreditam que este é um mito derivado da popularidade na França entre os anos 70 e 80. Antes da utilização generalizada de anime, o termo japanimation foi popular nos anos 70 e 80. Em meados dos anos 1980, o termo anime começou a substituir japanimation. Em 1987, Hayao Miyazaki afirmou que despreza a palavra truncada "Anime" porque, para ele, representava a desolação da indústria de animação japonesa.

O primeiro formato de anime foi para os cinemas em 1917. Em 14 de Julho de 1958, foi ao ar Mole's Adventure na Nippon Television, que foi tanto primeiro televisionado como o primeiro anime colorido. A série não foi tão popular até 1960, quando as primeiras séries televisivas foram difundidos e mantiveram-se popular desde então. Trabalhos publicados diretamente em vídeo são chamados de "original video animation" (OVA); e, normalmente, não são lançado nos cinemas ou na televisão antes do lançamento no mercado de home video.

O surgimento da internet fez com que alguns animadores começassem a distribuir trabalhos on-line em um formato chamado "anime net original" (ONA).

A distribuição de animes no mercado de home video foram popularizados na década de 1980 com o VHS e formatos de laser disc. O formato de vídeo VHS NTSC usado no Japão e os Estados Unidos é creditado como responsável a crescente popularidade do anime nos anos 1990. O laser disc e VHS substituídos pelo DVD que ofereceu as vantagens únicas; incluindo legenda e dublagem no mesmo disco. O formato de DVD também tem as suas desvantagens na sua utilização da região de codificação, adotada pela indústria para resolver licenciamento, pirataria e exportação. formato Vídeo CD (VCD) era popular em Hong Kong e Taiwan, mas tornou-se apenas um formato menor que estava intimamente associados com cópias piratas.

Com a ocupação dos Estados Unidos no fim da Segunda Guerra Mundial, muitos artistas japoneses tiveram contato com a cultura ocidental e, influenciados pela cultura pop dos Estados Unidos, desenhistas em início de carreira começaram a conhecer os quadrinhos e desenhos animados na sua forma moderna. Havia negociantes que contrabandeavam rolos de filmes americanos, desenhos da Disney e outros.

Em 1967, surgiram quatro filmes e quatorze séries animadas no Japão, entre elas A Princesa e o Cavaleiro, Fantomas e Speed Racer, o primeiro com grande projeção internacional

Entre os principais artistas que se envolveram com a tal arte, estavam Osamu Tezuka, Shotaro Ishinomori e Leiji Matsumoto. Estes três jovens, mais tarde, foram consagrados no mercado de mangá. Na década de 1950, influenciados pela mídia que vinha do Ocidente, diversos artistas e estúdios começaram a desenvolver projetos de animação experimental.

Na época em que o mangá reinava como mídia nasceram os primeiros animes de sucesso: Hakujaden (A Lenda da Serpente Branca) estreou em 22 de outubro de 1958, primeira produção lançada em circuito comercial da Toei Animation, divisão de animação da Toei Company e Manga Calendar, o primeiro animê especialmente feito para televisão, veiculado pela emissora TBS com produção do estúdio Otogi em 25 de junho de 1962, que teve duração de dois anos.

Logo em seguida, em 1 de janeiro de 1963, foi lançado Astro Boy, baseado no mangá de Osamu Tezuka, já com a estética de personagens de olhos grandes e cabelos espetados vinda da versão impressa. Astro Boy acabou tornando-se o propulsor da maior indústria de animação do mundo, conquistando também o público dos Estados Unidos. Tezuka era um ídolo no Japão e sua popularidade lhe proporcionou recursos para investir em sua própria produtora, a Mushi Productions. Outras produtoras investiram nesse novo setor e nasceram clássicos do anime como Oitavo Homem (Eight Man), Super Dínamo (Paa Man), mas ainda com precariedade e contando com poucos recursos, diferente das animações americanas.

Animes infantis, infanto-juvenis femininos e sobre robôs gigantes acompanharam o crescimento do número de séries semanais durante a década de 1970. Na época, a Tatsunoko Production, criadora de Speed Racer, lançou um título de sucesso chamado Gatchaman (no Ocidente, Battle of the Planets).

Os animes apresentam características bastante distintas, como o uso de uma direção de arte ágil, enquadramentos ousados e a abordagem de temas variados, como ficção científica, aventura, terror, infantil e romance. É bastante comum, mesmo nas produções infantis, encontrar situações de humor adultas.

Wikipe-tan demostrando raiva. Em muitas produções pode-se conferir metáforas visuais, caracterizações exageradas de sinais visíveis de sentimentos, como:

    Gota de água que aparece do lado do rosto do personagem representando constrangimento;
    Diminuição súbita do personagem representando vergonha ou medo;
    Nervos estilizados, dentes ou chifres aparecendo repentinamente nos personagens representando raiva ou maldade;
    Olhos grandes e expressivos;
    Traço simplificado;
    Animação limitada, menor quantidade de quadros utilizados na animação (normalmente 12, 8, ou até 6 quadros por segundo)

A voz também é um elemento muito importante num personagem. Elas são selecionadas de acordo com a personalidade dos personagens. Vozes muito poderosas, infantis, estridentes, harmoniosas ou cavernosas fazem parte do universo de qualquer anime, e os dubladores ou seiyu são alvos da admiração de muitos fãs.

O mais normal é que, quando um mangá alcança sucesso considerável de vendas no Japão, ele seja transformado em anime e se este também obtiver êxito, é traduzido e distribuído a outros países. Eventualmente, diversos produtos relacionados a ele começam a ser produzidos, como jogos de videogame, bonecos e revistas.

No entanto, há casos em que a ordem se inverte, como Neon Genesis Evangelion, cujo mangá foi produzido após o sucesso da série de televisão. Outros exemplos são Dragon Quest e Pokémon, que eram jogos que a partir dos quais foram produzidos animes e mangás.

Os animês são exibidos no Brasil há mais de 40 anos, e séries como Don Dracula, Piratas do Espaço, Menino Biônico e Sawamu colecionam fãs. Mas o maior fenômeno foi Cavaleiros do Zodíaco, que, sozinho (e sem esta pretensão), gerou em 1994 o boom dos desenhos japoneses que ecoa até hoje.
A série virou referência, foi reprisada muitas vezes, rendeu muito merchandising e fez outras emissoras, além da finada Manchete (que o exibia), apostar nos animês.



Mangá

Mangá Os mangas são desenhos em quadrinhos feitos no estilo japonês. Qualquer que seja o desenho em quadrinho no Japão, ele é um mangá. Vários desses mangás que deram origem aos animes que vemos hoje com grande sucesso. No começo os mangás eram muito caros, por causa dos papeis que eram produzidos, mas, começaram a surgir alguns mangás na época, chamados de Akahons, estes livros eram produzidos com um papel mais barato e sua capa era vermelha, eles eram do tamanho dos cartões postais.

Embora as primeiras manifestações dos quadrinhos japoneses datem ainda do século XI, com caricaturas cômicas de animais chamadas “chôjûngiga”, foram necessários 600 anos para que o termo “mangá” efetivamente surgisse.
O termo mangá surgiu em 1814, nos hokusai mangá, que trazem caricaturas e ilustrações sobre a cultura japonesa. Já o mangá moderno tem influência dos cartuns ocidentais e de quadrinhos clássicos da Disney; e é basicamente uma criação de Osamu Tezuka, com Shin Takarajima (“A Nova Ilha do Tesouro”), de 1947.
O público japonês é bem mais amplo na leitura dos mangás, não são somente os mais jovens que lêem. Lá no Japão tanto os adultos, como crianças também tem a cultura de ler, e chegam a ser produzidos milhões de exemplares das revistas por lá.

Os mangás possuem características distintas que os difere dos estilos de quadrinhos de outras partes do mundo, sobretudo dos comics americanos, a começar pela representação gráfica. O alfabeto japonês é composto de ideogramas que não representam somente sons, mas também ideias. Assim, em um mangá as onomatopéias, além de fazerem parte da arte, são uma importante ferramenta na narrativa da história. A ordem de leitura dos quadrinhos japoneses é diferente daquela que estamos acostumados. Uma HQ japonesa começa onde seria o fim de uma publicação ocidental. Além disso, o texto é disposto da direita para a esquerda. O estilo de traço também difere dos gibis de outros país. Os personagens dos quadrinhos japoneses sempre tem olhos grandes e corpos esguios.

Outra característica peculiar dos mangás é que primeiramente eles são publicados em capítulos em revistas que parecem verdadeiros almanaques que reúnem várias histórias de diversos autores. Os mangás que se destacam têm, posteriormente, seus episódios reunidos em volumes próprios de mais ou menos 200 páginas cada. Isso permite aos autores criar histórias mais longas e aprofundadas e sempre com começo, meio e fim.

A disposição dos quadrinhos em uma página de mangá também é consideravelmente diferente daquela que se costuma a se ver em um “comic” americano. Nos gibis de heróis da Terra do Tio Sam costuma-se a ter três ou quatro fileiras de quadros por páginas. Como os mangakás, os autores de gibis japoneses, dispõem de um espaço maior para contar sua história, eles podem empregar um número menor de quadrinhos se comparado aos americanos – não é incomum, por exemplo, ver páginas até mesmo em branco ou com uma única imagem estourada. Esse subterfúgio ajuda a acelerar a narrativa, dando aos mangás uma dinâmica que se aproxima a cinematográfica.

No Brasil o mangá chegou por volta de 1960, por conta da grande quantidade de descendentes de japoneses no país. Mas o sucesso mesmo dos mangás foi por volta do ano 2000. Também foi criada uma associação brasileira de desenhistas de mangás e ilustrações em fevereiro de 1984. Grandes títulos como Samurai, Cavaleiros dos Zodíacos e Dragon Ball fizeram sucesso nas bancas e nas telinhas.

O primeiro mangá lançado no Brasil foi Lobo Solitário, em 1988, pela Cedibra, mas adaptado para a leitura ocidental. Isso invertia as artes originais e quase todos os personagens viravam canhotos. Só quando a Conrad lançou Dragon Ball, em 2000, os mangás passaram a sair no seu formato original, e lidos “de trás pra frente”. Já os animês chegaram nos anos 60 e é difícil ter certeza qual foi o primeirão. Na leva inicial vieram Homem de Aço, Oitavo Homem, Ás do Espaço, Zoran e outros.

Nos mangás, Dragon Ball Z, da Conrad, continua insuperável. Goku, que já era famoso pelos games e pelo animê, vendia mais de 100 mil exemplares quinzenais no auge




Light Novel

As light novels (ライトノベル, raito noberu?, lit. romance(s) rápido(s)) são romances ilustrados geralmente no estilo anime/mangá, compilados de folhetins de revistas ou sites na internet. A expressão light novel é um wasei-eigo, termo japonês que é formado por palavras da língua inglesa. Light novels também são chamadas de ranobe (ラノベ?) ou rainobe (ライノベ?) para encurtar.
As light novels são publicadas a princípio como folhetins, geralmente publicados em revistas ou na internet para depois serem lançadas encadernadas em livros. Com a proliferação do hábito da leitura no Japão, as light novels cresceram para as mais variadas formas de publicação, desde os tradicionais folhetins em jornais, passando por revistas literárias como Gekkan Dragon Magazine, The Sneaker e Dengeki HP, ou revistas como Comptiq e Dengeki G's Magazine, com o avanço da tecnologia passaram a ser comuns na internet, tanto em sites profissionais quanto em blogs e até chegaram a lançar light novels para celular.

Um capitulo de Light novel geralmente tem em torno de 5000 a 7000 palavras. Quando completa o suficiente para se publicar um livro geralmente a marca de 40.000 palavras, se lança uma compilação geralmente de 5 capítulos por volta de 200 paginas. Não é uma regra absoluta, Alguns títulos tem marcas diferentes como 70.000 palavras por exemplo e acabam tendo muitos capítulos.

Nos últimos anos muitas light novels Shounem ( adolescentes e jovens adultos) têm sido adaptadas para outros meios, ganhando versões em mangá, anime, cinema e seriados para TV (Jdrama).

Um exemplo de light novels é a série Read or Die escrita por Hideyuki Kurata. Read or Die teve tanto versões em mangás quanto uma série em OVA e mais tarde uma em anime. A série em anime R.O.D the TV chegou a ser exibida no Brasil no canal pago Animax. Outro bom exemplo de light novel é a série Kara no Kyoukai escrita por Kinoko Nasu do grupo e empresa Type-Moon. Teve várias adaptações para cinema, contendo 7 filmes e atualmente uma versão mangá que está sendo exibida.